Em anos anteriores, a equipe aplicou questionários para participantes da Parada do Orgulho LGBT+ na capital mineira, produzindo, com apoio do CELLOS/MG – Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais e da Prefeitura de Belo Horizonte, diversos relatórios sobre violências LGBTfóbicas no Estado. 

Dentro de um universo estimado de 250 mil pessoas que estiveram na Parada de 2019, foram aplicados 397 questionários. Dentre seus resultados importantes, destaca-se que:

  • A maior demanda política desse público é por segurança (22,9%);
  • 46,1% dos/as entrevistados/as afirmaram já terem sofrido violências LGBTfóbicas, sendo que em 32,2% dos casos as violências aconteceram nos espaços públicos, 24,4% na escola e 20,4% na família; 
  • Para pessoas trans e travestis, metade dos/as respondentes relatou terem sofrido algum tipo de violência no âmbito familiar e 18,1% deles/as sofreram violência em postos de saúde e hospitais;
  • 77,6% das pessoas LGBT+ afirmou se sentir nada ou pouco acolhido/a pela polícia, sendo que apenas 17,6% dos/as entrevistados/as acionou a polícia para a sua segurança ou de outra pessoa devido a situações de discriminação e/ou intolerância rela

A partir de 2020, o Observatório enfrentou o desafio de reformatar a pesquisa para adaptá-la ao contexto da pandemia. Após uma série de rodadas de discussões, a pesquisa em andamento tem duas fases:

  1. Aplicação de um questionário abrangente englobando diversos tipos de violência (seja física, sexual, ameaças de morte e perseguição) como também variadas experiências de discriminação que pessoas LGBT+ podem sofrer em razão de sua orientação sexual/identidade de gênero, como expulsão de sua casa, constrangimentos no acesso a banheiros abertos ao público, discriminações no acesso à moradia, no ambiente de trabalho, em atendimentos médicos e na polícia, por ex.;
  2. Realização de entrevistas em maior profundidade com algumas pessoas participantes da primeira fase para entendermos melhor o impacto e as percepções dessas pessoas sobre essas violências/discriminações que podem ter sofrido ao longo da vida.

Ao longo de 2021 e 2022, o Observatório vem divulgando essa iniciativa para alcançar o maior número possível de pessoas interessadas. Confira a entrevista que demos para a TV UFMG e para o Jornal BandNews Minas 1ª edição: 

Você é pessoa LGBT+ com mais de 18 anos e mora na região metropolitana de BH*? Quer ser entrevistade/o/a? 

Entre em contato conosco pelo observatoriolgbtufmg@gmail.com ou pelo instagram @diversoufmg. 

* Compreendendo os seguintes municípios: Baldim; Betim; Brumadinho; Caeté; Capim Branco; Confins; Contagem; Esmeraldas; Florestal; Ibirité; Igarapé; Itaguara; Itatiaiuçu; Jaboticatubas; Juatuba; Lagoa Santa; Mário Campos; Mateus Leme; Matozinhos; Nova Lima; Nova União; Pedro Leopoldo; Raposos; Ribeirão das Neves; Rio Acima; Rio Manso; Sabará; Santa Luzia; São Joaquim de Bicas; São José da Lapa; Sarzedo; Taquaraçu de Minas; Vespasiano.

Você tem interesse em fazer pesquisas sobre violências contra pessoas LGBT+ mas não sabe por onde começar? Assista nosso webinar Pesquisas Queer: desafios metodológicos para a pesquisa sobre violência contra pessoas LGBT que realizamos em nosso canal do YouTube em 26 de janeiro de 2022: