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Gabriela Dantas Rubal, Letícia Leite e Marcelo Maciel Ramos (Orgs)

Este livro é o resultado das discussões e trabalhos apresentados nos grupos de trabalho do III Congresso de Diversidade Sexual e de Gênero, que promoveu discussões e reflexões de estudantes e ativistas sobre questões relativas à população transexual e travesti. Em um contexto de tantas inseguranças e incertezas, faz-se necessário discutir este tema cada vez mais, principalmente no país que mais mata LGBT+s no mundo.

Quanto à escolha do título, colhemos como referência a frase da militante política Pagu, ícone da resistência durante o período da ditadura militar no Brasil: “Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometemos sempre’’. As questões trans: o sagrado crime da divergência vem, então, como meio de honrar aqueles corpos que, por meio de tanta dor e violência, abriram caminho para que hoje, tenhamos mais voz. Mas também, nos servem de inspiração de luta e resiliência, nos mostrando que os desafios nunca acabam. O crise de ousar ser quem somos, cometemos e cometeremos sempre. 

É importante dizer que utilizamos a expressão “pessoas trans” como termo guarda-chuva, como forma de englobar em um único conceito corpos que, de alguma forma, transgridem a estrutura identitária de gênero. É um termo múltiplo, que vai além das definições normativas binárias existentes e, por esse motivo, não classificaremos suas identidades. 

O presente volume trata da luta pela cidadania e pelo reconhecimento desses corpos. Em tempos de violência institucionalizada, tratamos principalmente daquela que é a maior máquina de violência e poder: o sistema punitivo. Neste tema, os ensinamentos do sociólogo Michel Foucault em sua obra Vigiar e Punir (1975, p. 25): “os sistemas punitivos devem ser recolocados em uma certa ‘economia política’ do corpo: ainda que não recorram a castigos violentos ou sangrentos, mesmo quando utilizam métodos ‘suaves’ de trancar ou corrigir, é sempre do corpo que se trata – do corpo e de suas forças, da utilidade e da docilidade delas, de sua repartição e de sua submissão.’’

Esperamos que a leitura dos artigos escolhidos para compor esse volume seja capaz de provocar não só questionamentos, mas efetiva mudança. Em um momento tão delicado para as pesquisas de gênero e sexualidade, desejamos que este livro estimule a resistência e seja alimento ao nosso crime.

2019-Questões-trans